JOGADO AO CHÃO, ME LEMBRO DE TUDO
Eu fui olhar os meus traumas,
E vi depressão e Burnout,
Por tudo que foi sem calmas,
Porque já feri meus joelhos.
Jogado ao chão, sucumbi,
Mas não mudei meu caráter,
Se até numa cruz eu subi,
Forçado por cada desastre.
Lembro de tudo o que fiz,
E sei que gozei de alegria,
Mas fui como a meretriz,
E se tá no contrato, eu fazia!
Salvei muita gente da morte,
Guardei os pertences a salvo,
Tratei com carinho o consorte,
Se alguém não precisa ser alvo.
Mesmo assim, multei fortemente,
Aqueles que então resvalavam,
Na lei que nos dá o sol poente,
E as noites que não se apagam.
Foram tempestades e vento,
Insônias de tanto escrever,
Pelas certidões que no tempo,
São cada acidente a temer.
Viver com coletes e as balas,
Nos diz o perigo que é ser,
Alguém que enfrenta batalhas,
Enquanto se expõe a morrer.
Ferido em pleno abdômen,
Vi sangue e o corpo a tremer,
Mas Deus disse: Seja o homem,
Que tem o exemplo e o poder!
Somente, Deus disse também,
Que não devo ser palmatória,
Mas sim a certeza do bem,
Que forja uma nova história.
Então, vivo a vida esperando,
As páginas serem escritas,
Senão serei resma voando,
Na tragédia que só conflita.