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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

LIMPO OU SUJO

LIMPO OU SUJO

 

Espaços de vida me bastam,

Mesmo que eu queira o além,

Pois sonhos nunca resgatam,

O que não vivi com alguém.

 

Somente serão ideais,

Mas não serão a verdade,

Porque há muitos portais,

No delta de minhas saudades.

 

E tudo que pensei ter vivido,

Às vezes são só as nuances,

Dos sonhos da minha libido,

Que verso a cada instante.

 

Assim eu me lembro das noites,

Em cada sertão ou na mata,

Que penso ser sujas nos coitos,

Por cada tabu que maltrata.

 

E o outro lado seria tão limpo,

Porque é o dia e tudo retrata,

Nas cores do Sol sobre o lombo,

Pois acham que negro só mata.

 

Mas digo pra todos que negam,

O que representam nas cores,

Porque somente se apegam,

Ao que se afloram sem dores.

 

Enquanto a vida consiste,

Em se aprender com a dor,

Porquanto o riso insiste,

Em nos revestir de pudor.

 

Pois cenas não mostram o osso,

O qual se esconde das feras,

Enquanto o arrepio nos rostos,

Somente é o frio que impera.

 

E o frisson das almas só chegam,

Nos casos em que divergimos,

Daqueles que versam e pregam,

O que podem ser desatinos.

 

Aí dizem que sou limpo ou sujo,

Mas não ligo e vivo seguindo,

Pois no mar serei sempre marujo,

Com a concha e um cachimbo.

 

Serei o que o limo disser,

Mas também serei uma rocha,

Onde escrevo o que eu quiser,

Em desdém à verdade imposta.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 13/11/2021
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