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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

FOLHAS LIBERTAS

 

FOLHAS LIBERTAS

 

Certo dia eu tive a tarde /

Com as sombras da videira /

Que deixava folhas tão libertas /

Que voavam de primeira.

 

Ser um vento sem alarde /

Faz das uvas uma certeza /

Ao madurar mesmo que guarde /

A aspereza de estar na mesa.

 

E ainda naquela tarde /

Fui de sangue das uvas /

Pois o que até se sabe /

Cabe numa água turva.

 

Então, me chega a noite /

Depois de um solstício /

E tanto pede por pernoites /

Que são causos desde o início.

 

Mas se eu volto para cidade /

Também vejo a fonte seca /

E como andei pelas tardes /

Vi na rua as folhas secas.

 

E me bate uma saudade /

Das manhãs e tardes postas /

Pois não tive a tola vaidade /

De querer ter as respostas.

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 30/10/2021
Alterado em 08/12/2021
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