A HUMANA CEGUEIRA
A humanidade caminha em ciclos,
Que podem ter luz ou cegueira total,
Como a insanidade imposta nos ritos,
Ou meros tabus de viés social.
De tempos em tempos surtamos,
Mas isso não impede nosso andar,
Mesmo quando houverem enganos,
Que causam o fim de um lugar.
Foi assim em Sodoma e Gomorra,
Mas também não foram sozinhas,
Pois em tanto lugar há masmorra,
Que a morte é nossa erva daninha.
Mas o mistério do fim perdura,
Seja em Cartago ou Herculano,
Ou lá em Tróia ou na cama dura,
Pois vence o Aníbal de cada ano.
E mesmo assim, cegos estamos,
Desde que Hitler deu gargalhada,
Pondo a galinha sem seus panos,
Louca por milho e só na estrada.