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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
CORDEL DE PROMESSA

CORDEL DE PROMESSA

Eram forcas em sisal,
Feito couro de bicho,
Mas levava ao Aral,
Tanto gente ou lixo,
Mas o lodo foi de sal,
Como escrito em jornal,
Ou num texto prolixo.

Foi nos tempos lendários,
Que o capeta mostrou,
Mas não foram templários,
Que a guerra esboçou,
Pois o homem de volta,
Com chinelo ou a bota,
No deserto cansou.

Já não tinham esperança,
Depois de quarenta anos,
Se o pedido com a dança,
Foi o sol lhes queimando,
E a água que restou,
Tá no poço ou secou,
Com a sede avançando.

Mas o rastro na areia,
Fez o vento sumir,
Pois foi mar da sereia,
Na miragem a fugir,
E o delírio clamando,
Ou Moisés reclamando,
De um boi a iludir.

E o povo com a fome,
Tendo sol sobre o lombo,
Lembra que velho come,
Mesmo tendo um dono,
Pois o Egito castigava,
Mas o trigo lhes dava,
Mesmo a fé caducando.

Vai e vem, povo é fraco,
E sucumbe em um sonho,
Pois o bêbado quer trago,
Mesmo que sinta sono,
E só vai se matar,
Sem juízo e sem lar,
No festejo do engano.

E a promessa que há,
Serve só pra quem crer,
E confessa sem olhar,
Pois só vê quem quer ver,
Se é preciso encontrar,
Pois o Céu é um lugar,
Para quem merecer.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 20/10/2021
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