LEÃO SEM JUBA
LEÃO SEM JUBA
Andei no meio da mata,
Que hoje é um serrado,
Lembrando o leão sem juba,
E a sina do meu pecado.
Memória é como a lata,
Com a banha do porco,
Guardando até a faca,
E charque, além do osso.
Sertão ou caatinga seca,
Revela o meu prejuízo,
Na prévia de ter muleta,
Por que não tive juízo.
Querer só fazer fogueira,
Não gera mais regozijo,
Se mata a trepadeira,
E infarta o meu paraíso.
E eu falo de um leão,
Mas lembro é só da onça,
Que olha pro mico leão,
Mas urra se ouve a pança.
Mas fome requer a força,
E a persistente esperança,
Enquanto a fila da forca,
Não chama para balança.
Porque a arroba de um gado,
Nos diz quando é para abate,
Mas a farda em um soldado,
Deduz se haverá combate.
Por isso prefiro as ninfas,
E banho de folha nas termas,
Num canto que tanto rima,
E encanta além das serras.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 04/10/2021