NÃO ROUBE O POVO
NÃO ROUBE O POVO
Deixe de roubar o povo,
Se podes roubar o banqueiro,
Veja sem fé o tesouro,
Mas salve o povo primeiro.
Não fique sedendo do aço,
Se o oásis sumiu na poeira,
Pois a água é onde me acho,
No convite ao pé da lareira.
Decline do furto das almas,
Que o verso requer solidão,
No dia em busca da calma,
Em que só perdura a ilusão.
Nossa vida requer objetos,
Mas sonhar é algo tão mais,
Que o vento será de concreto,
Se o cânion não finda jamais.
Pela vida não mastigue ouro,
Pois quebra o osso dentário,
E veja o que nutre no soro,
Porque tudo é um imaginário.
Para ser feliz não precisa,
Tomar o suor dos compadres,
Pois tudo só se realiza,
Na benção que surge dos lares.
Não seja uma fera maldita,
Contente-se com a humildade,
Pois não adianta o que grita,
Se respeito é a melhor verdade.
De que adianta a luxúria,
Se a cova convida a idade,
Que se antecipa na fúria,
De quem só bandida a cidade.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 08/08/2021
Alterado em 10/08/2021