PERGUNTAS FINAIS
PERGUNTAS FINAIS
Certo dia assisti a um filme,
E nele havia um dilema,
De alguém existir como cisne,
E temer ser o ovo sem gema.
Em um tempo jogado ao vento,
Recorda seus dias de glória,
Empunhando no gládio seu tempo,
Ou mesmo regendo a história.
Porque um líder requer o saber,
Do viés que a vida lhe traz,
Junto à foice do anoitecer,
Que mata sua fonte de gás.
Se o realismo foi acaso do início,
Alinhado ao sangue que pulsa,
Vem a guerra cobrar armistício,
No suspiro final que concursa.
Só então vem augusta pergunta:
Seu reinado valeu a pena?
Terá sido semente fecunda?
Porque disse: A vida é a cena!
Essas são as perguntas finais,
Que às vezes nem dão tempo,
Pois se vão das cordas vocais,
Sem paredes de ecos ao vento.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 28/07/2021