× Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
CAATINGA E ESPINHOS

CAATINGA E ESPINHOS

Chegou um momento na trilha,
Diante das encruzilhadas,
Apagando a lanterna de pilha,
E, na sobra, apenas enxadas.

E tudo me leva à caverna,
Pois lua não surge pra nada,
Se a noite esconde Minerva,
E a justiça se vê solapada.

Parece a volta ao cangaço,
Se a fome se mostra armada,
E o povo ressente o cansaço,
Em nome de arma ou nada.

Então, nosso dias se entregam,
Ao ócio do ódio que entonta,
Se o ladrão a tudo nos nega,
E não dando, cobra a conta.

Agora não tem mais escola,
E o livro se torna mais caro,
Nem posso dar uma esmola,
Porque já não há anteparo.

É triste saber que a desdenha,
Se mostra tão forte ou fácil,
Porque construir nos empenha,
E não é sambar na Estácio.

Só sei que apesar das chacinas,
Caatinga e Rio são espaços,
De espinhos além das piscinas,
E conflitam a todos palácios.

Mas tempo e vento contínuo,
Selam cada carta enviada,
Num voo de cirrus ou nimbos,
Mesmo quando a lua retarda.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 15/07/2021
Comentários