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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
ENQUANTO HÁ BURGOS

ENQUANTO HÁ BURGOS

Em uma folhagem e sereno,
Eu via andorinhas surfando,
E entre a aragem e o feno,
Também tem vaca pastando.

Foram as manhãs na fazenda,
Que me desejaram alegria,
Me dando carinho e oferenda,
Louvando o que tudo procria.

Era só abundância jorrando,
Como em riachos inquietos,
Enquanto há burgos matando,
Cada ser humano irriquieto.

Se nessa angústia imbecil,
Ninguém mais lê um Platão,
E a vida veloz de um pavio,
É virtude que vai sem sermão.

Tudo se projeta em cavernas,
Ou seria qual noite atômica,
Que tanto labora por cédulas,
E nem vale a bravura indômita.

E assim surge um novo oeste,
Ou será vastidão que encerra,
Que propõe o prumo a boreste,
Se o mar é que cerca a terra.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 15/07/2021
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