OSSOS OCOS A VOMITAR
OSSOS OCOS A VOMITAR
Como seria ter um par de asas,
Com ossos ocos para levitar?
Como estaria meu corpo ao vento,
Sem travas do peso a delimitar?
Essas delongas moldam os sonhos,
Se as noites me mostram o oculto,
Pois se não vejo sujeitos estranhos,
Significa que sobra os malucos.
Sempre buscamos poder voar,
Como a ver com o prisma do alto,
Que lá em cima permite um olhar,
Do que a carniça sopra de fato.
Foi assim que vi cem por cento,
Mostrar toda vida desde outrora,
Como ave sem plumas e atento,
A cada sáurio voraz na aurora.
Percebendo as fases da mente,
Que nos permite assim dividir,
Tudo aquilo que hoje nos mente,
A resguardar ou a não permitir.
Pois o homem quer dar o sentido,
À vida e ao mundo, quiçá ao sei lá,
Com a fome que não tem motivo,
Além do preciso... para vomitar.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 07/06/2021