HURRICANE NA ESTRADA
HURRICANE NA ESTRADA
Hoje cedo recebi um vídeo,
E vi Bob Dylan narrando um ato,
Em versos que ferem o umbigo,
De quem se indigna de fato.
Lá estava só um lutador,
Que não matou nem roubou,
Apenas não tinha o penhor,
Que lhe era cobrado na dor.
É fogo nunca ser benquisto,
Apenas por não lhes agradar,
E assim ser culpado do vício,
Que muitos dizem expurgar.
E foi lá julgado o indefeso,
Sentenciado bem antes do fim,
Pois não queriam dar peso,
À verdade da flor no jardim.
Se ando à noite sou crime,
De acordo com eles dormindo,
E para excluir de seus times,
Me matam na lida e sorrindo.
Mas mal capital nunca tive lidando,
Porque tudo foi em defesa da vida,
Se não vi os erros do pato voando,
Foi por ter a noite ofuscado a vista.
Mas essa história podia ser outra,
Se na estrada bastasse a escola,
Pois viver uma lida tão louca,
Não remedia a dor que bitola.
Por tudo ainda sou sonho,
De poder termos um paraíso,
Sem a inveja que só estranho,
Sob o Sol ou nas ruas que piso.
Pois será nessa estrada,
De arco-íris e um prisma,
Que estarei na boa jornada,
Do leite e da luz animista.
Por isso lembro Hurricane,
Seja na luta ou no avião,
No ringue e até na guerra,
Ou vento de um furacão.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 06/06/2021