O POMBO E A GATA
O POMBO E A GATA
Sentava ali todos os dias,
E ao lado uma gata estava,
Mas o vento sempre rugia,
E um pombo ainda teimava.
Eu nem via os grãos pelo chão,
Mas o pombo inticava em ciscar,
Mesmo ante a furtiva visão,
Pois a gata o queria jantar.
Lá sentado, esperando clientes,
Ficava a olhar peripécias,
Quanto motos inconsequentes,
Me davam lembranças da Pérsia.
De um lado estava o pombo,
E do outro estava a gata,
Todos dois esperando o tombo,
Mas as motos eram de bravata.
Empinavam a roda subindo,
Enquanto o pombo avoava,
Até quando fosse traído,
Pois a gata quietinha mirava.
E assim foi o gozo das tardes,
Olhando o sol esconder sua luz,
Entre o ócio e as banalidades,
De pombo e gata, e a lua seduz.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 02/06/2021