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AO PASSAR GIBRALTAR
AO PASSAR GIBRALTAR
Depois de viver pela Eurásia,
Descubro o apêndice América,
E no abraço além de uma praia,
Vou lembrando da vida homérica.
Fui assim a buscar a Bahia,
Num romance a fitar jararaca,
Venenosa em toda agonia,
Em que ama ou se maltrata.
Mas pra isso rompi a floresta,
Versejei pantanais e as serras,
Traduzi cada vida que presta,
Enfrentando a sede das guerras.
Desse jeito varri o continente,
Entre o mar e cada pradaria,
Me tornando um rio ou semente,
Mesmo quando o sertão é o guia.
E busquei me banhar com o canto,
Em que aves adoçam meu sonho,
Exaltando sentidos e o pranto,
Pelo amor que sinto tamanho.
É assim meu estágio de vida,
Que agora me chama e exorta,
Ao passar Gibraltar que convida,
A abrir ou fechar cada porta.
Só então eu percebo o mistério,
Que nos liga a Ibéria à África,
Pela história vivida em impérios,
Numa ode à Atlantis aquática.
AO PASSAR GIBRALTAR
Depois de viver pela Eurásia,
Descubro o apêndice América,
E no abraço além de uma praia,
Vou lembrando da vida homérica.
Fui assim a buscar a Bahia,
Num romance a fitar jararaca,
Venenosa em toda agonia,
Em que ama ou se maltrata.
Mas pra isso rompi a floresta,
Versejei pantanais e as serras,
Traduzi cada vida que presta,
Enfrentando a sede das guerras.
Desse jeito varri o continente,
Entre o mar e cada pradaria,
Me tornando um rio ou semente,
Mesmo quando o sertão é o guia.
E busquei me banhar com o canto,
Em que aves adoçam meu sonho,
Exaltando sentidos e o pranto,
Pelo amor que sinto tamanho.
É assim meu estágio de vida,
Que agora me chama e exorta,
Ao passar Gibraltar que convida,
A abrir ou fechar cada porta.
Só então eu percebo o mistério,
Que nos liga a Ibéria à África,
Pela história vivida em impérios,
Numa ode à Atlantis aquática.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 27/05/2021
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