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AO NÃO MAIS ACORDAR
AO NÃO MAIS ACORDAR
Chegará o dia de não mais acordar,
E tudo que temos será de quem fica,
E talvez não dê tempo para chorar,
Com ofício do fim de quem acredita.
Haverá certa hora e limite pra ter,
Ao lembrar se é possível ter gozo,
Para assim se buscar pelo ser,
Desde quando o dia for novo.
Pois no velho passado o viver,
Preparou para nós o consolo,
De lembrar que não vamos mais ter,
Cada dor que tivemos por dolo.
E assim só haverá o merecer,
Para quem viveu consciente,
De ter preço para se conviver,
Que exige a planilha presente.
Mas um dia quem sabe eu verei,
O que ainda nem toco ou entendo,
E despido das vestes de um rei,
Eu aprenda a ser vivo... morrendo.
Já que cada dia que eu somo,
Na verdade é vida que perco,
No legado que é livro de sonhos,
Se o real eu não sei se mereço.
AO NÃO MAIS ACORDAR
Chegará o dia de não mais acordar,
E tudo que temos será de quem fica,
E talvez não dê tempo para chorar,
Com ofício do fim de quem acredita.
Haverá certa hora e limite pra ter,
Ao lembrar se é possível ter gozo,
Para assim se buscar pelo ser,
Desde quando o dia for novo.
Pois no velho passado o viver,
Preparou para nós o consolo,
De lembrar que não vamos mais ter,
Cada dor que tivemos por dolo.
E assim só haverá o merecer,
Para quem viveu consciente,
De ter preço para se conviver,
Que exige a planilha presente.
Mas um dia quem sabe eu verei,
O que ainda nem toco ou entendo,
E despido das vestes de um rei,
Eu aprenda a ser vivo... morrendo.
Já que cada dia que eu somo,
Na verdade é vida que perco,
No legado que é livro de sonhos,
Se o real eu não sei se mereço.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 18/05/2021
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