A TABA FRENTE AO RAY-BAN
A TABA FRENTE AO RAY-BAN
Os homens de hoje não querem ver,
Então inventaram o óculos Ray-Ban,
Enquanto profanam o que nem vê,
Pois se acham os bam-bam-bans.
E assim estamos como frutos pecos,
Iguais às muitas laranjas sem suco,
Que já não têm os dias perfeitos,
Por não entendermos o nosso luto.
Arbustos, ravinas, moitas e matas,
Já não suportam o nosso desdém,
Pois tudo acaba, se nada basta,
Mas a natureza não vê a quem.
Está tudo aí, no que é de graça,
Pois nossa estrela é banho de sol,
Enquanto à noite tem lua na praça,
E Deus não cobra um grão de sal.
Essa cobrança me seria estranho,
E me faz artista na voz do humilde,
Contra o orgulho que é tamanho,
De quem não louva suas origens.
Vamos então celebrar nossa taba,
Pois o planeta não dará o perdão,
Desde em África e aqui nessa casa,
Se não cuidarmos do nosso chão.
🌎🌵🌍
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 10/04/2021
Alterado em 10/04/2021