SETE SINOS E O CANDELABRO
SETE SINOS E O CANDELABRO
A noite nos exige ter bastante luz,
Se o frio padece também de calor,
E o açoite do vento tanto traduz,
O toque de sinos contidos na dor.
Foi dessa maneira que me clareei,
No espaço singelo do candelabro,
Buscando rever as vias que andei,
E reconhecer meu chão e o barro.
Mas não foi bastante ter velas acesas,
Se a encosta nem sibila meus sons,
Então eu trago a baqueta e a certeza,
De ter sete sinos em busca de dons.
E as badaladas podem ser reais,
Se até mesmo os nobres falecem,
Pois todos nós ainda somos mortais,
Enquanto os portais nos esquecem.
Mas até esse dia de encontro e luz,
Vou declamando meu louco pensar,
Ao som do anúncio que o sino conduz,
E vou me guiando até um alcaçar.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 09/04/2021