Textos
FALAR DO QUE SEI
FALAR DO QUE SEI
Muita gente me disse,
Que calar é mais sábio,
Mesmo o que eu ouvisse,
Ser como um alfarrábio.
E esses seriam meus livros,
Jogados na estante do sótão,
Escritos para não servir-nos,
Pois ocultos nunca se notam.
Só quero falar do que sei,
Senão levarei para tumba,
Mas venero os sebos que andei,
Como bíblias da vida fecunda.
Mas se querem o que seja lei,
Vão perder o que guarda o kalunga,
E os mistérios do que ainda nem sei,
Onde o mar tem verdade profunda.
Então fico com o que verbalizo,
Nem me calo na noite escura,
Pois sou régua do que profetizo,
E um vassalo da minha loucura.
FALAR DO QUE SEI
Muita gente me disse,
Que calar é mais sábio,
Mesmo o que eu ouvisse,
Ser como um alfarrábio.
E esses seriam meus livros,
Jogados na estante do sótão,
Escritos para não servir-nos,
Pois ocultos nunca se notam.
Só quero falar do que sei,
Senão levarei para tumba,
Mas venero os sebos que andei,
Como bíblias da vida fecunda.
Mas se querem o que seja lei,
Vão perder o que guarda o kalunga,
E os mistérios do que ainda nem sei,
Onde o mar tem verdade profunda.
Então fico com o que verbalizo,
Nem me calo na noite escura,
Pois sou régua do que profetizo,
E um vassalo da minha loucura.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 09/04/2021
Comentários