AÇOITADO SEM PRESSA
AÇOITADO SEM PRESSA
A cada triste dia que passa,
Me percebo doente e insano,
Pois toda maldade é de graça,
Pela mão que fere meu plano.
São desgraças sorrindo das traças,
Que corroem as vidas e anos,
Onde loucos governam as praças,
E os palácios pelos altiplanos.
Desde quando tivemos trapaças,
Da Bahia ao Rio embrulhando,
Quando sofrem corpos de escaras,
Sem viver e a morrer jejuando.
Só lideram o povo açoitando,
Em negreiros e morros de merda,
Sem comida e na vida de engano,
Nosso povo adoece sem pressa.
Pois é tudo um plano urdido,
Desde sempre como a eugenia,
Onde preto ou índio é banido,
Como fosse numa profecia.
Caso houvesse um povo escolhido,
Sem olhar que são mais que etnias,
Poderíamos viver mais unidos,
Mas na mescla eu tenho meus dias.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 08/04/2021
Alterado em 08/04/2021