CAMINHOS DE MARES
CAMINHOS DE MARES
Era só um passeio na Europa,
Após Zeus ter estado com ela,
Que lancei minhas velas à porta,
Do Egeu que não tinha procela.
E então fui singrando os mares,
A buscar perfurar o atlântico,
Bem distante da forja de Ares,
E flertar com meu ser romântico.
E assim conheci cada lado,
Que eu via distante da cáfila,
Se no estibordo tinha um mago,
E a bombordo era sonho em África.
Mas se pensam que fui às Índias,
Não tiveram nem mesmo a noção,
Do Brasil ter as terras mais lindas,
Que despertam em mim a paixão.
E assim entre o leste e o oeste,
Meu caminho retrata a emoção,
De saber que a vida é um teste,
Da estrela que há no meu coração.
E eu vou pelos mares sangrando,
Como aorta a buscar por razão,
Para ser o carinho em comando,
Que exorta o meu toque de mão.
Desse modo eu modelo o barro,
Que sobrou do navio encalhado,
Pois no mar eu não tive um carro,
Mas o vento espalhando o verão.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 05/04/2021
Alterado em 05/04/2021