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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
O QUE DIRIAM DE MIM

O QUE DIRIAM DE MIM

Se eu bebesse cachaça,
Ou outra dose de álcool,
Se eu tomasse formicida,
A andar pela praça.

Diriam que eu era ruim,
E mais um pária no mundo,
Ou seria como um cupim,
Na calha de esgoto imundo.

Só teria um gole no odre,
E o pulmão com um negrume,
Da fumaça sobre o bigode,
E o sangue como chorume.

Ninguém mais estaria ao lado,
Se pra nada mais eu serviria,
E estaria num lixo e jogado,
Com o resto da vã confraria.

Mas eu sei que sou nada disso,
Pois o amor vai no meu coração,
Sem ganância e fora de vícios,
Nem querer ferir qualquer irmão.

Só desejo a paz e o contento,
De poder servir de solução,
E poder ser tempero e fermento,
Ou adubo que sirva pro chão.

Todavia, espero encontrar,
Os sujeitos carentes de ser,
Onde vamos poder partilhar,
Cada dom que deve florescer.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 31/03/2021
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