O POVO É O SUBMUNDO
O POVO É O SUBMUNDO
É triste saber-me tão fraco,
A enfrentar todo dia um leão,
E a ter de falar que eu faço,
O que nunca fiz nesse chão.
Ser tomado por um ser nefasto,
Quando sei quem é podridão,
Me deixa sem rumo ou lastro,
Depressivo e sem opção.
A escolha é ser imolado,
Numa forca ou no alçapão,
Sendo a caça e o sacrificado,
No sufrágio sem ter perdão.
É o fim de quem se indigna,
E não aceita quaisquer tiranias,
A sofrer sem ter a estima,
De quem reina nesses dias.
É assim ser direito no mundo,
Se quem tem não paga imposto,
Onde o povo é o submundo,
A viver somente de desgosto.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 31/03/2021