COMO ENTENDER CONTRASTES
COMO ENTENDER CONTRASTES?
Até quando teremos contrastes,
De sinfonias e toscos canhões,
Que sufocam o brilho das artes,
Entre um piano e todos lixões.
Como entender cada perdurar?
Do afã da ganância ou tolo orgulho,
Que me impõe querer só voar,
Até a dor que dispõe ao mergulho.
Eu não queria ter de comparar,
Viver na paz ou em meio à guerra,
Pois todo ar fresco vem pra arejar,
Como a sede do mar quer a terra.
Somente a loucura pode explicar,
O que confunde o viver de quimera,
Que não esquece do bicho que há,
Em cada humano que só vocifera.
Então, penso se vou aguardar,
E viver só sentado na relva,
A esperar que todos vejam no ar,
O algo mais que a tudo encerra.
Enquanto isso estarei a vagar,
Qual vagalume que fica a piscar,
Com a agonia do maior quasar,
E a certeza de que a luz é eterna.
Pois é o jeito de Deus demonstrar,
Seja aqui ou no profundo do mar,
Todo o contínuo do sempre criar,
E estar presente em nós e na Terra.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 26/03/2021