LÁGRIMA INSISTENTE
LÁGRIMA INSISTENTE
Estou como as lágrimas,
A refletir cada tristeza,
Que derrubo nas calhas,
Espalhadas sobre a mesa.
Elas chegam sem perguntas,
Molham o rosto e deixam sal,
Marcam o vinco quando unta,
Pois a dor se mostra ao sol.
Mesmo quando ainda é noite,
Ante o frio ou o calor,
Choro é como um açoite,
E o calafrio do estertor.
Mas um dia ainda acordo,
Como a propor um novo dia,
Na saudade em que exorto,
Ter tristeza ou alegria.
Então externo a poesia,
Seja agora ou para sempre,
Pra acabar toda agonia,
Desse trágico presente.
Quero meu Brasil de novo,
Com governos de minha gente,
Demonstrando amor ao povo,
Curando a dor tão persistente.
Pra que serve um Presidente,
Se venera ao estrangeiro?
Travestido do que nem sente,
E a mentir sempre primeiro.
Mas um dia a casa esvai,
Pois o vento é inclemente,
E lava tudo enquanto cai,
Minha lágrima insistente.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 24/03/2021