MINHA ARMA SUBIU A PENHA
MINHA ARMA SUBIU A PENHA
Estava na classe de quem quer sonhar,
Morando tão longe do meu chão,
Enquanto o Estado queria me armar,
Mas um Rolling Stone foi minha razão.
Naquele instante ouvi Belchior,
Dizendo ter medo de avião,
Ou que um Concord vem melhor,
Refazendo o meu vôo do sertão.
Mas vieram me chamar na universidade,
E a farda ofertar mesmo que eu não quisesse,
Tudo isso à beira mar da velha cidade,
Onde a Penha é o altar que nos envaidece.
Foi então que minha arma subiu a Penha,
E o convento está ali pra me defender,
Pois é lá que a fé nos serve de lenha,
E aquece até vento pra nos guarnecer.
Desse jeito a dispensa foi meu objeto,
Senão era o triste fim de um aprendizado,
Se na farda me ensinam ser um abjeto,
Sem perdão no destino de ser soldado.
Só desejo para o mundo a liberdade,
Como fosse a Suíça e a Cruz Vermelha,
Sem exército e só vendo a necessidade,
De ter paz por premissa e minha certeza.
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Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 17/03/2021