INDULTO O MEU NATAL
INDULTO O MEU NATAL
Nunca tive por indulto,
Um resgate em meu natal,
Pois disseram ser adulto,
Etcetera ou coisa e tal.
Foram muitas translações,
Cortejando um belo dia,
Mas diante às traições,
Me acabava de agonia.
Lembro de um alvorecer,
Que tive de cortejar,
Ao pensar que meu nascer,
Eu estava a festejar.
Mesmo longe de quem amo,
Eu me via em sintonia,
Pois da estrela não reclamo,
Se eu entendo a sinfonia.
Só assim perdoo Mozart,
Ou até o corte de Van Gogh,
Se com Deus fui conversar,
Na busca de outra sorte.
Pois o bom cabrito não berra,
Mesmo quando está sofrendo,
E aguarda a chuva na terra,
Que o vento vem trazendo.
Então indulto o meu natal,
Pois eu vou me retratar,
A quem foi meu ancestral,
Que sofreu por me amar.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 15/03/2021