ESTAR PELO MAR
ESTAR PELO MAR
Meu barco singrou pelo mar,
Nas correntes sem maresia,
Antevendo um profundo vagar,
Consciente de tudo que havia.
Mas Netuno não sabe falar,
Só agindo com o seu tridente,
Então rasga o fundo do mar,
E me traga pelo inconsciente.
Já não sei como irei navegar,
Desde quando não sou baleia,
Nem cachalote no mesmo lugar,
Como Atlantis perante a sereia.
Mas se Vênus na concha andar,
Vou querer apenas seu cortejo,
E pra ter uma razão para amar,
Sou mecenas diante do Tejo.
Pois eu quero nas Rocas estar,
Cercado de atóis no oceano,
Ou num contraponto enfrentar,
Todo frio do vento minuano.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 04/03/2021