O NINHO DE CADA BARCO
O NINHO DE CADA BARCO
Foi em um casario,
E à tarde chovia,
Como se fosse um rio,
Já chegando à baía.
Lá estava tão frio,
E me dava azia,
Que só vi calafrios,
De tanto que sofria.
Se me deu arrepios,
Que o medo trazia,
Fui temer o assobio,
Quando a cobra sorria.
Feliz era o corrupio,
Que veloz só corria,
Mesmo que a perdiz,
Contradiga o que via.
Mas o ninho é a paz,
Com o vento sem trilha,
Pois é quando se faz,
Cada barco ser ilha.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 18/02/2021