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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
MAS É CEDO

MAS É CEDO

Toda vez que renego a verdade,
Do que todos entendem decerto,
Eu me vejo abraçado à morte,
Se viajo por caminho incerto.

Toda vez que estudo mais tarde,
Perco a chance de mais aprender,
Pois o tempo se vai sem alarde,
Solapando o que posso viver.

Cada vez que defendo a maldade,
Minha sanidade só faz perecer,
Pois profano é perder a bondade,
Sem a caridade que eleva o ser.

Se agirmos sem culto ao ódio,
Ou vivermos sem lados no mundo,
Vamos ver que o melhor episódio,
É o agora de um sonho fecundo.

Quando a paz for fiel plataforma,
Que só plante o que une o tempo,
O passado e presente transformam,
O futuro que nos sopra o vento.

Só assim verei meu rochedo,
Lapidado e moldado na areia,
Sendo jóia que gesta meu medo,
Ou encosta que aguarda a sereia.

Mas é cedo para alguma estrela,
Ver humanos pregando a paz,
Se a fornalha sem ter a centelha,
Não enseja o que somos capaz.

E se ainda não tenho a luz,
Como posso ter algum futuro?
Se o Cosmo somente conduz,
Pela liga do jovem e o maduro.

Só por isso ainda temo ser torto,
Abraçado à morte e loucura,
Por viver debruçado no esgoto,
Do orgulho, ganância e tortura.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 11/02/2021
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