O VAZIO DE UM ADERNO
O VAZIO DE UM ADERNO
Andando pela mata,
Buscando um destino,
Esqueci da sonata,
Sob um sol vespertino.
Foi ali que a escalada,
Do meu templo de galhos,
Viu também que se mata,
Adernando um pau-d'alho.
Mas ali também vi,
O vácuo que admite,
Cair sem me ouvir,
Declamar do convite.
Se o salão está vazio,
E o aderno está triste,
Pois agora é só frio,
Pela morte ser triste.
Foi assim devastado,
E tornara-se prenda,
Deixando desmatado,
O que agora é lenda.
Só serve como lenha,
Que machado permite,
No forno que empenha,
A comida da elite.
Não há mais amanhã,
Se hoje é só um aderno,
Quando olhar na manhã,
De um vazio caderno.
🌱🍂🌳🌄🍃
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 02/02/2021