BADEN BIDEN
BADEN BIDEN
O gosto de um musicista,
Que não esquece o violão,
Lembra sempre do artista,
Seja em Baden ou no Sião.
Foi assim correndo na pista,
Frente ao vento de então,
Numa moto a perder de vista,
Só em busca de emoção.
Mas pode ser numa sala,
No tom de orquestra e fado,
Ou saindo pra o Valhala,
Na ária que toca o congado.
Pois quando o povo irmana,
O som que vem da garganta,
A alma logo se emana,
No dom que serve de manta.
Que guarda o corpo do frio,
E aquece com uma fogueira,
Quando em Baden tudo é brio,
Sussurrando sons de primeira.
Que agora é viola presente,
Pelos bailes de primeira mão,
Onde Biden é o sano presente,
Que é anseio de uma nação.
Mas o povo que testa os filhos,
Sempre está procurando lição,
Caso elejam os safados grilos,
Sem lagartos pra dar solução.
É assim que caminha o Brasil,
Baden Powell diria tão triste,
Vendo mortes antes de abril,
No desdém que o louco insiste.
Ter gripezinha é só maluquice,
De quem finge ter sido atleta,
E saber dessa tosca crendice,
É tortura de uma vida asceta.
E assim sai a Ford e Mercedes,
E Manaus só respira a morte,
Se o medo da morte tem sedes,
Como "mal" que nos tira a sorte.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 21/01/2021