BUTA VACINA
BUTA VACINA
Era domingo e eu lá estava,
Em busca da Nação que perdi,
Quando a civilidade me bastava,
Mas na barbárie logo me vi.
Pois sempre tivemos a utopia,
Do berço esplêndido sem temor,
Mas sinto agora uma distopia,
Que só traz a morte e a dor.
E penso na ilusão de um passado,
Que reclama as glórias sem ter,
E a paz de um futuro almejado,
Mas sendo o escravo a morrer.
Por isso queria estar disposto,
Em busca de saúde e ter vacina,
Mas vejo deboche e desgosto,
Brotando de alguému lá em cima.
Só não pense que Deus quer o fim,
Se a ciência "buta" tanto e ensina,
Num gesto de amor que é sem fim,
Contra o ego que não quer vacina.
Queria ver meu hoje no passado,
Quando a tuberculose era sentença,
Se o povo nem quer ser provado,
Aceitando o messias da doença
Tem quem só mata e diz que salva,
Como general, capitão ou soldado,
Que treinam pra atirar sem ressalvas,
Mas não discernem o certo do errado.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 18/01/2021