ESTRADA INFINITA
ESTRADA INFINITA
Sei que aqui eu nasci,
Mas guardei o meu sim,
Numa estrada infinita.
E por onde vim,
Tinha mil querubins,
Pajeando a liteira.
Pelo portal do jardim,
Tinha um girassol,
Como a flor primeira.
E apressado eu fugi,
Da caixinha pomposa,
Que foi fralda e cadeira.
Mas, caminhando eu vi,
Que todas estações,
Vão além da primeira.
Pois tudo em meu coração,
Vem cheio de emoção,
Quando o mar é esteira.
E hoje não tenho um lugar,
Que me traga a paixão,
Do que estar no meio da feira.
Porque lá tem seu plantar,
Quem foi num boqueirão,
E me acorda pra ceia.
E também traz meu olhar,
Pra quem tem que voar,
Numa hora primeira.
E põe o meu galo a cantar,
E todos se verem acordar,
Com a poesia estradeira.
E agora minha sina é ver,
Minhas mãos a escrever,
Antes que finde a feira.
Para que eu possa enxergar,
Perscrutando o dia raiar,
Indo ao encontro de estrelas.
🍀🐓🌱
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 02/01/2021
Alterado em 02/01/2021