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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
UM LAMENTO SEM AMORA

UM LAMENTO SEM AMORA

Ser solidão no meio do estádio,
Perante a platéia da minha ilusão,
Traz-me de volta o escuro do rádio,
Sem a sintonia de voz e paixão.

São estranhos os tempos arcaicos,
Se tudo que quero é fútil emoção,
E os argumentos perseguem os raios,
Distante da luz que segue a razão.

Só discutem sem provas,
A querer privilégios,
De quem vê nossas covas,
Com seus sacrilégios.

Pois sem ter mais a vaga,
Não há nem cemitério,
Se ao morrer numa vala,
Serei mofo e mistério.

Nesses tempos difíceis,
Onde há ódio e impropério,
Até mesmo um artífice,
Vê que nada é mais sério.

Mas nos sobra a ganância,
E o descaso com a vida,
Que nem quer mais infância,
Se pros velhos nem liga.

É assim que o chifrudo,
Cospe as suas heresias,
Desdenhando de tudo,
Até quando há Messias.

Ou até se eu lamento,
Ter minha pança vazia,
Pois deixaram o jumento,
Comer tudo que havia.

Então morro sozinho,
Sem ter plena idade.
E meu sangue é o vinho,
Que diverte a cidade.

E assim tudo é um fim,
Sem amor, sem amora,
Se nem meu querubim,
Mais suporta essa hora.

🩸📻🍷
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 01/01/2021
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