ROCHEDO NO ABISMO
ROCHEDO NO ABISMO
Havia um rochedo no meio do mar,
Distante de tudo, mas perto de mim,
Aonde me escondia e via o quasar,
Que tudo engolia no Cosmo sem fim.
E logo eu vi estar mais perto,
Do atol que me guarda do vento,
Cercado do abismo incerto,
Enquanto o Sol eu contemplo.
Foi nesse repente abissal,
Que as fendas do mar geram gases,
E esses dedos de rocha ou cristal,
Servem como repouso das aves.
É assim que chegam as gaivotas,
E revoa um feliz albatroz,
Ou descansam milhares de focas,
Que fugiram da orca feroz.
Ali eu repouso meus corpo,
Num sonho que vem e que passa,
Entre as morsas e ainda absorto,
Tendo a vida repleta de graça.
Só então sou verdade e mistério,
Sou coringa num jogo de cartas,
Sem a paz de um frio monastério,
Mas desnudo no meio da praça.
🌅🌊🃏🌀☁️
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 20/12/2020