PEGADAS GIGANTES
PEGADAS GIGANTES
Perambulando pela encosta da ilha,
Catava sementes caídas no chão,
Com marcas de pés fincadas na trilha,
Para ver a maré as lavar com sabão.
Eu até imagino as pegadas gigantes,
No tempo dos sáurios perante um cometa,
Queimadas no forno em breves instantes,
Pois tudo renova, até mesmo o planeta.
Os ciclos terrestres dependem do Céu,
Pois nele gravitam todos os astros,
E a vida aqui é como um carrossel,
Diante do Sol e no giro dos rastros.
A esperança comunga com a Via Láctea,
Que sempre revejo em noites escuras,
Sem Lua, sem nuvens ou até em Pompéia,
Eu vejo seu lastro mirando as alturas.
E por tudo isso é que nunca há um fim,
Mesmo para a vida que nunca entendo,
Como toda flor que decora um jardim,
Minha sina é o rebroto nas vias do tempo.
Então só almejo ser como um titã,
De corpo luzidio pra que não confundas,
Olhando meu mago além do divã,
E ter as pegadas em marcas profundas.
🌒🪐☀️🌠🌖
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 11/12/2020