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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
MEUS PÉS SEM DESTINO

MEUS PÉS SEM DESTINO

Eu quero declamar ao menos uma vez,
Tudo que vivi, mas não ouvi nos discos,
Andando em desertos de vil aridez,
Com os pés descalços, mas ainda arisco.

Caminhando eu só sofri,
Ao tentar ser bom humano,
Mesmo quando eu só pedi,
Para viver só mais um ano.

Vejo então que nada é longe,
Quando sabemos por onde andar,
Ou até se eu fosse um monge,
Num solo sagrado a orar.

Mas ainda há risco em tudo,
Com o homem do templo imundo,
Onde tramam até o nosso luto,
Muito antes do fim deste mundo.

Por isso, suplico a vocês,
Sejam bons e não sujem o ninho,
Mas aguardem na fila sua vez,
Em que possa seguir seu caminho.

Pois os tempos são outros agora,
E não há mais destino concreto,
Quando a mão já não é mais senhora,
Ou dirige num rastro incerto.

As virtudes viraram algoritmos,
E meu nome já não é falado,
Só em números nunca descritos,
Que me deixam tão encabulado.

🌀👣🌊
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 25/11/2020
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