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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos

SEMPRE SÓ MÃE

SEMPRE SÓ MÃE

Ó mãe! Até quando terei desamparo?
Pois a Terra não mais é a casa,
Se os pães vão além de ser caros,
E encerra minha fome que abrasa.

Ó mãe, quando será nosso dia?
Em que possa abraçar o seu colo,
Como os cães que se juntam à matilha,
Para então celebrar o meu solo.

Ó minha mãe natureza!
Seja sempre só mãe, nossa mãe!
Não permita que eu seja grandeza,
Pois sou fera que devora Adães.

Até quando o céu e a terra,
Vão deixar eu ser lodo e vampiro,
Que nem dá mais seu uivo na serra,
Mas devora a sí próprio com tiro.

Ó mãe, deixe o meu cadafalso,
Lá exposto pra que todos vejam,
Que meu corpo não é de alabastro,
Pois ainda a maldade lampeja.

Se não sei nada sobre meus passos,
Pois não olho para trás quando vejo,
Há verdade dos pés tão descalços,
No escuro que ainda tropeço.

É assim que preciso de luzes,
Para achar o vértice do meu Céu,
Onde o zênite de todas as cruzes,
Me cubra com o seu chapéu.

🌐🤱☀️🎩

Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 24/11/2020
Alterado em 06/05/2022
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