TANQUE DA TORMENTA
TANQUE DA TORMENTA
Estava ao lado do tanque,
Quando vi um pequeno esguicho,
Que vinha sem qualquer estanque,
Demonstrando todo meu risco.
Quando o tanque se mostra cheio,
Eu enfrento um medo inquietante,
Pois vislumbro a morte no meio,
De uma enchente pela vazante.
Só lembro a tragédia de Mariana,
E tudo perdido conexo à vida,
Sofrendo a cobiça tão desumana,
Onde o poder encontra guarida.
É assim a tortura da água ou do fogo,
Seja em barragens ou mata que queima,
Mostrando a vontade escusa de um ogro,
Que só vê dinheiro e vive de cena.
Quem sobrevive de fantasias,
Nunca saberá que é humano,
E vai praticando só heresias,
Louvando seu lado mundano.
Então desse jeito o tanque não para,
E joga pra fora tudo que alimenta,
Enquanto o gestor só nos desampara,
Pois não percebe ser ele a tormenta.
Ó⛲Ò
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 24/11/2020
Alterado em 24/11/2020