FRENTE AO TEMPO
FRENTE AO TEMPO
Que pena não poder colher,
Os frutos de quem é mais velho,
Se morro bem antes de ter,
As flores que tanto espero.
Então, já não posso esperar,
E devo agir frente ao tempo,
Gastando o que ia guardar,
Se o esquife será de lamento.
Pois muitos irão declamar,
Poesias a todos presentes,
Fingindo que o verbo é amar,
Quando sei quem era ausente.
E as lembranças deixarei aqui,
Para aqueles que riram comigo,
Nos semblantes alegres que vi,
E emoções bem além do umbigo.
Resoluto eu caminho no mar,
Se o fundo já não me recolhe,
Ao pedir às estrelas o meu lar,
Enxergando o dragão que acolhe.
Só então espero se revelar,
Porque tanto lutei sob o Sol,
Com as mudas por germinar,
Desfolhando o meu girassol.
✨🌻🍂
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 05/10/2020