MEU PRANTO AO VENTO
MEU PRANTO AO VENTO
Discorro o meu pranto,
Nas lágrimas que secam,
Declarando o tormento,
Dos frutos que pecam.
E escrevo o que choro,
Pois esquecer não posso,
Mas esqueço assim mesmo,
Nas torturas do ócio.
Nos atritos que enfrento,
Evapora meu choro,
Que esconde o sorriso,
Do meu cisne canoro.
Então vou desfilando,
No espelho das águas,
Onde guardo o meu canto,
Pra curar minhas mágoas.
Às vezes sou Narciso,
Ou Apolo em Tróia,
Admirando meu riso,
Do que sou na história.
E assim vou vivendo,
Transgredindo meu tempo,
Vencendo ou escorrendo,
O que sangro ao vento.
😢🦢🩸🔔
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 01/10/2020