ENTÃO SOU ATÉ LOGO
ENTÃO SOU ATÉ LOGO
Chegava a minha tarde,
Num triste carnaval,
Sem ter quem me aguarde,
Por não ter capital.
Desempregado estou,
Igual a um animal,
Que não mais lutou,
Pois ser caça é o final.
E o rio que passou,
Tiete não tem mais,
Pois Tietê sangrou,
Infectando o cais.
E agora, meu Sinhô,
Nem posso lamentar,
Se o sonho que ficou,
Impede o meu rimar.
Sangrando pelas noites,
Pois logo entardeceu,
Imolando com açoites,
O verso que era eu.
E só me desespero,
Diante dos ateus,
Qual pasta sem tempero,
Deixando o meu adeus.
Então sou até logo,
Ou até nunca mais,
E tudo tem um prólogo,
Mas no fim quero mais.
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Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 01/10/2020