ESTRADAS NA SELA
ESTRADAS NA SELA
Percorri várias estradas,
Correndo onde até caminhei,
Vi as secas e as invernadas,
Pelos eitos que enveredei.
Entre um lugar e outro,
Sob o Sol ou as chuvas,
Vendo o destro e o canhoto,
Que se chocam nas curvas.
E assim eu me encerrava,
Por onde andei e morri,
Numa vereda descalça,
Perante a bala que ri.
E ri de quem a enfrenta,
Como a tormenta no rio,
Que fala ao vento e fomenta,
A morte em dias de frio.
É quando a vida é disparo,
Diante da encruzilhada,
Sem nunca ter o preparo,
Que se requer na jornada.
Pois já sabemos o passado,
Quando a memória permite,
E o momento é tão caro,
Para o futuro que insiste.
Por isso somos eternos,
Como há aurora na serra,
Que nos folheia os cadernos,
Enquanto a vida não encerra.
Então convivo no espaço,
Em dimensões na procela,
Forjando a espada do aço,
Com meu alforje na sela.
💭🐎🌄🗡️
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 25/09/2020
Alterado em 26/09/2020