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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
AROEIRA E OLIVEIRA

AROEIRA E OLIVEIRA

É chegado um bom domingo,
E nem mais tenho a feira,
Mas o dia é de Ramos,
Sem eu ter uma oliveira.

Pois a Terra em que vivo,
Fica bem além daquela beira,
Do Mediterrâneo altivo,
De um azeite ou da figueira.

Todavia eu já bendigo,
Os meus dias de aroeira,
Pau que dá mourão bendito,
Pois já se foi a oliveira.

E o domingo é de Ramos,
Então nós vamos sem pereira,
Pois o que temos nos campos,
Serve a Deus à sua maneira.

Pois o que ainda importa,
Ao fiel de boa maneira,
É o andor que vem do Céu,
E abre a porta a vida inteira.

Assim eu vivo de um jeito,
E Deus aceita como eu creio,
Mesmo com todo trejeito,
Do sertão que é meu seio.

E a aroeira e a oliveira,
São divinas nos seus ramos,
Se a última é da Palestina,
E a primeira é de onde estamos.


Publicada no Facebook em 05/04/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 14/09/2020
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