SONHOS QUE MISTURAM
SONHOS QUE MISTURAM
Sem querer, eu separo meu lado letárgico,
Em que os sonhos me chegam, dormindo ou acordado.
Entretanto, ao acordar não me lembro plenamente dos sonhos dormidos, ao passo em que não domino nem mesmo essa assertiva, quando o estágio é todo ao contrário, muito embora haja misturas.
Os mistérios que escondo no oculto de meus ligamentos neurais, guardam os segredos de meus ancestrais, embora eu credite a todo passado, o que julgo ser próprio e não herdado.
E assim é que vivo, bailando no tempo, sem ter plena consciência, pois essa demência é proposital, pois não imagino ser dono das culpas que juntei nas vidas que tive, pois elas se bastam nos ciclos que foram, deixando a casa novamente limpa, para que se possa recomeçar, com a pureza das crianças, sem pecados originais, construindo dia a dia minhas novas histórias, que junto às estórias de meus sonhos e delírios, que ficaram para trás.
Não vivo os mistérios da meia noite, mas sob os segredos das estrelas que se compactam, ardem ou explodem, levando a luz sobre as trevas, forjando e eternizando o meu existir.
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 09/09/2020