ETERNIZANDO A VIDA
ETERNIZANDO A VIDA
De repente zumbidos,
Sem cheiros no ar,
Com sons sustenidos,
Por sobre o mar.
Mas não vi as baleias,
Nem mesmo em Abrolhos,
Se não tinha olhos,
No meu mergulhar.
Quem sabe me encontro,
Perante meros e lulas,
E ponho o dedo de pronto,
Com meu esmero pras lutas.
Mas sei que todas batutas,
Podem ter sons e encanto,
Ao vislumbrar as disputas,
No mar que é meu recanto.
Pois vivo tão só agora,
Juntando meus alfarrábios,
Distante da voz que vigora,
Mas que me eleva aos raios.
Então vejo estigmas e arquétipos,
E enxergo o caminho das ilhas,
Onde os orixás são poéticos,
Expressos no rasgão das trilhas.
Assim, vejo Oxum nas cachoeiras,
E o sábio Xangô com Oyá festejando,
Ou o velho Omolu junto às esteiras,
Com Ogum e Oxóssi juntos caçando.
E assim terei bençãos do velho Oxalá,
Que junta-se a todos que sabem orar,
Desde meus ancestrais ou agora, sei lá,
Pois o Cosmo é eterno e a Terra é o lar.
Eu replanto sementes de eternidade,
Gerando as vidas que logo sucedem,
E louvo os galhos da ancestralidade,
Vivendo, no agora, o que Deus me dá.
🍯⚔️📿🔥
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 06/09/2020