O SERVO CONTINUA ESCRAVO
O SERVO CONTINUA ESCRAVO
Quem viveu nos primeiros cem anos,
De uma república café com banana,
Não teve o azar de todos cubanos,
Perante uma América tão sacana.
Não tinham imprensa livre a clamar,
Nem tecnologia pra mudar os rumos,
Morriam nos campos sem ler ou sonhar,
Se tudo na mídia era fora dos prumos.
Mas vinha o chicote dos americanos,
Além do açoite de todas polícias,
E mesmo os sonhos que nem fabricamos,
Somente diziam as suas malícias.
A eterna elite foi sempre vendida,
Como ama de leite da plutocracia,
Sendo capitã desse mato e da vida,
Fingindo viver numa democracia.
Primeiro levaram o pau-brasil,
Depois o negócio foi o mel da cana,
É quando o café, com o leite e fuzil,
Fez os coronéis espojarem na lama.
E assim todo servo é bicho jurássico,
Que virou petróleo depois de morrer,
Pois pobre só come e vive do básico,
Para que a nobreza mantenha o poder.
E na servidão continuamos escravos,
Todos enganados por nunca saber,
De toda usura que há nos palácios,
Onde o que se vale ninguém deve ser.
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Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 31/08/2020
Alterado em 31/08/2020