MEU RIO, MEU CHAPÉU!
MEU RIO, MEU CHAPÉU!
Meu rio não corre por baixo,
Minha água não molha a encosta,
Meu chapéu não perdura na porta,
Pois o Sol já secou meu jardim.
Eu escondo minha luz na caverna,
No escuro, bem junto aos morcegos,
E eu rasgo as entranhas da Terra,
Pra meu rio irrigar o jasmim.
Só então serei como as roseiras,
Que perfumam meus sonhos e prosas,
Mesmo tendo espinhos nas costas,
Do caule que cresce em mim.
No meu sonho enfim adubado,
Pelo sangue que corre nas veias,
Eu escondo meu boto e sereias,
Que alimentam os meus colibris.
Mas agora vem de novo o chapéu,
Novamente na minha cabeça,
Refrescando as minhas lembranças,
Nas cascatas que escorrem meu véu.
🏞️🎩🏞️
Publicada no Facebook em 01/04/2020
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 25/08/2020
Alterado em 25/08/2020