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Prosas de Braga
Vivências e sonhos de um poeta e eterno aprendiz!
Textos
UM CAFÉ DIAMANTINO

UM CAFÉ DIAMANTINO

Acordei pensando em coar café,
Pois era uma manhã gostosa de inverno,
E meu corpo precisa de calor e fé,
Senão o poeta nem acha o caderno.

Lembrei que andei por entre a Chapada,
Que é Diamantina, pelo ouro que tem,
Pois vi cafezais durante a escalada,
Além das belezas que exigem um Amém.

Recordo o café quente na casa de Ana,
Que ela torrou junto com seu amado,
Marido cuidando a terra que ama,
Fazendo o melhor café do cerrado.

Então, volto à minha cozinha pequena,
E coloco a água naquela chaleira,
Que é velha, mas vence a água serena,
E ebule meus sonhos na hora primeira.

E pego o pote do pó de café,
Açúcar mascavo ou demerara,
Pois cada um gosta do doce que quer,
Então eu reparo que a noite é cara.

Quando acordei, agradeci aos céus,
Por mais uma manhã que a noite prepara,
Se dormi gostoso, sem ter escarcéu,
Na cama que é minha balança sem tara.

E agora com a água já ebulindo,
Naquele cem graus que faz borbulhar,
O meu coador olha o pó já sorrindo,
Deixando as notas de cheiro no ar.

E o café escorre pra dentro do bule,
Que vai se juntar ao pote da torrada,
Mas tem a geléia de amora que urge,
Em deixar a mesa logo preparada.

Cafés e manhãs se combinam,
Realçam meus sonhos, aguçam anseios,
Mostrando que amores nunca terminam,
Apenas precisam de colos e seios.

🍓🍞🍯🧇☕🍒
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 21/08/2020
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