NO FRIO DA CHUVA
NO FRIO DA CHUVA
Um certo dia estava a cavalo,
E um destino errante se vislumbrava,
Na chuva, no frio, na poça de barro,
Que tanto cercavam a minha jornada.
Mas ainda ardia o ferro marcado,
Que ainda fervia no choque da água,
Turvando os sonhos diante do escarro,
Que vedam os dutos da minha estrada.
A febre e os tremores são o rescaldo,
Que ainda perduram pela madrugada,
Impondo agonia ao meu despreparo,
Pois o meu vôo não rasga mortalha.
Então eu aguardo por uma coberta,
Que me agasalhe e seja conforto,
Trazendo esperança e dia de festa,
Com as lembranças servindo de adorno.
Para que os meus dias tenham regozijo,
Despindo a dor e os meus pesadelos,
Sem ter um novelo, cegando o juízo,
Que treme ao frio e eriça meus pelos.
🌧️🌦️⛈️
Poeta Braga Costa
Enviado por Poeta Braga Costa em 11/08/2020